segunda-feira, 28 de março de 2011

Futebol

Rogério Ceni marca 100º gol em jogo épico

Goleiro do Tricolor escreveu seu nome na história
 em partida contra o Corinthians

(Imagem: Site oficial do São Paulo Futebol Clube)

            Por causa da paixão de torcedor, a importância da marca histórica de Rogério Ceni é deixada de lado em meio a xingamentos gratuitos de torcedores (prós e contras o goleiro do São Paulo). Inclusive de jornalistas que afloram seu lado torcedor omitindo fatos históricos. Um dos princípios do Jornalismo é a imparcialidade – algo que a meu ver destoa em inúmeros casos da realidade, e que remonta à ficção científica.
            Vai ser realmente difícil um goleiro alcançar a marca de 100 gols na história do futebol mundial. O feito heróico repercute pelo mundo. El País (Espanha), Olé (Argentina) e La Gazzetta dello Sport (Itália) são alguns dos jornais que estão noticiando mais um brasileiro que escreveu seu nome na história do futebol.
            Assim como Marcos, do Palmeiras, Rogério Ceni é um dos poucos jogadores que tem identidade sólida com o torcedor de seu clube. Uma história construída há anos. Muitos nada bons, mas outros de enormes conquistas. O marco havia sido a conquista da Libertadores da América e do Mundial da Fifa de 2005; esse contra o Liverpool do inglês Gerrard (que estava em fase excepcional, equipe invicta a 11 partidas). Rogério Ceni fez um gol na semifinal do mundial, e salvou o São Paulo da derrota com grandes defesas. Em especial um chute na diagonal do espanhol Luis Garcia e cobrança de falta excepcional de Gerrard.
            Nem Rogério Ceni esperava por isso: fazer o 100º gol em cima do maior rival, quebrar um tabu de 11 jogos sem vitórias sobre o Corinthians (4 anos) e ainda ser o gol que sacramentou a vitória.
          Criticaram a volta olímpica como se tivesse conquistado o título do Paulistão. Não foi isso. Foi a consagração de um brasileiro que não chegou a esses números por sorte. Foi trabalho e dedicação. Rogério é exímio cobrador de faltas porque treina. Oscar Schmidt reclama ainda hoje de o chamarem de “mão santa”. Airton Senna era imbatível em pistas molhadas porque treinava cart na chuva. Isso é dedicação.

            Em meio a tanto maus exemplos nesse Brasil temos centenas de milhares que podem ser seguidos. Sem briga, sem violência, sem ofensas gratuitas, valorizemos em vida aqueles que merecem. Seja a despedida de Ronaldo Fenômeno, a de Rivaldo ou de Cafú, seja a homenagem a uma pessoa querida, o respeito a um catador de papelão que trabalha honradamente, seja ao 100º gol de um goleiro.



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