terça-feira, 29 de março de 2011

Racismo

Racismo no futebol europeu
Atitudes racistas novamente em destaque 
no Velho Continente



No amistoso de domingo entre Brasil e Escócia, partida vencida pela seleção brasileira por 2 a 0, no estádio do Arsenal, em Londres, Inglaterra, foi atirada uma banana no atacante Neymar após ele ter feito seu 2º gol, esse de pênalti. O jogador do Santos reclamou da atitude, relatou ser racismo dizendo que não quer comentar mais e não apresentou queixa formal.
Hoje foi informado pelo clube dono do Emirate Stadium que a fruta foi atirada por um adolescente alemão que estava sentado junto à torcida brasileira. O tablóide inglês “The Sun” mostrou um vídeo comprovando que torcedores escoceses não estavam atrás do gol onde Neymar bateu o pênalti.
O atacante foi vaiado quando substituído no final da partida. Notoriamente não foi por racismo. Neymar fingiu estar contundido após uma entrada mais dura de um jogador da Escócia. No entanto, após levantar e correr naturalmente, foi comprovado que fingia e imediatamente foi vaiado. Jogadores de futebol que fingem lesões são comumente criticados nos campos europeus. O “teatrinho” que muitos fazem no Brasil, e no futebol sul-americano de forma geral, não é bem aceito no Velho Continente.
Só que nada justifica atirar uma banana em campo. A Federação Escocesa de Futebol negou veementemente a autoria da atitude, que reprovou dizendo ser contrária a atitude cordial do povo escocês.
Outros jogadores brasileiros foram alvos recentes desse tipo de atitude na Europa. Um torcedor russo ofereceu uma banana para o lateral Roberto Carlos antes de uma partida em jogo na Rússia; Marcelo, lateral do Real Madrid (Espanha), também foi contemplado pela mesma fruta.
Jogadores renomados como Ronaldinho Gaúcho e o atacante de Camarões, Samuel Eto’o (Internazionale de Milão, Itália), também foram alvos de racismo em outras temporadas. Em uma partida o camaronês ameaçou abandonar uma partida quando a torcida adversária imitava sons de macaco quando ele pegava na bola. Ronaldinho e outros jogadores pediram que ele continuasse em campo. Ele permaneceu. Em outra partida Eto’o comemorou um gol imitando macaco, em atitude que demonstrou o quanto as atitudes racistas o estavam incomodando.
O preconceito racial, de qualquer espécie, é uma realidade que muitos não querem enxergar. Fingir que racismo não existe não o exclui.  A atitude do argentino Leonel Messi, melhor jogador do mundo atualmente, ao usar tua imagem para criticar o racismo no futebol, é um exemplo de como podemos combater tal prática.
Quando houve a tragédia com ventos e chuva torrenciais em Santa Catarina alguns dos sulistas (não todos, obviamente) que zombam de nordestinos foram ajudados pelos mesmos. A maior parte das doações aos desabrigados veio do Nordeste.
O Vasco da Gama foi o primeiro clube brasileiro a aceitar negros em seu time. Sendo alvo de preconceito. O novo uniforme prega a igualdade racial.
Na Europa as punições contra o racismo são brandas. Atitude que só faz proliferar o número de casos.
O sonho do pastor norte-americano Martin Luther King de que “as pessoas seriam reconhecidas não pela cor de sua pele, mas pelo seu caráter” é uma busca constante. Afinal, se a cor ou outros atributos físicos nos diferenciam, o sangue vermelho que corre em nossas veias prova que somos todos iguais. Uma bola branca e preta também.






Um comentário:

Erlon Andrade disse...

O racismo é uma caracteristica desse povo que se acha superior ao nosso.
Povo este que só por ter a pele mais branca, envelhece mais rápido.
É triste constatar que aqui, em nosso país, também vemos esse tipo de manifestação.